O tumor mais comum em homens é o câncer de próstata, principalmente naqueles que estão com mais de 50 anos de idade. Com o avanço da medicina e com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, é possível que, proporcionalmente, mais casos da doença sejam diagnosticados.
Em sua fase inicial, o câncer de próstata evolui de maneira discreta e muitos pacientes não apresentam sintomas. Em alguns homens, quando há presença dos sintomas, eles são confundidos com o crescimento benigno da próstata. Já na fase avançada, o paciente pode sentir dor óssea, sintomas urinários e, em casos mais graves, há insuficiência renal e até infecção generalizada.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de próstata só é possível através de exame clínico, o toque retal, e pela dosagem do antígeno prostático específico (PSA). Conforme o resultado, o paciente terá indicação de ultrassonografia pélvica ou prostática transretal. A ultra poderá apontar a necessidade da realização da biópsia prostática transretal.
Alguns mitos rondam o imaginário masculino. O urologista, André Cavalcanti, do Centro Integrado de Saúde do Homem e chefe do setor de urologia do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, esclarece algumas dúvidas.
Hábitos sexuais estão relacionados com o câncer de próstata?
André Cavalcanti: Não há nenhum trabalho científico que prove que hábitos sexuais têm a ver com a doença. No passado acreditava-se que sexo de mais ou de menos provocava câncer. Assim como o hábito da masturbação masculina, mas tudo isso é mito.
Histórico familiar é um fator de risco?
André Cavalcanti: É um dos mais importantes. Tanto que pacientes que apresentam casos na família merecem atenção especial e precisam ser mais cuidadosos. As sociedades, em geral, indicam o exame clínico aos homens com 45 anos, mas quando há histórico familiar o exame é solicitado a partir dos 40 anos.
É verdade que o tomate previne o câncer de prósata?
André Cavalcanti: Há estudos nutricionais que indicam que o licopeno, presente no tomate, possui potencial de prevenção do câncer de próstata, mas não temos comprovação científica. A literatura é bastante rigorosa. Por enquanto, o que temos é uma tendência a acreditar no alimento como preventivo.
Os hábitos saudáveis são sempre recomendáveis. Assim como a realização dos exames na idade indicada. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, não só pode ajudar a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não transmissíveis.
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